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Professores/as relatam violações decorrentes da ação do Governo do Paraná em audiência pública realizada pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos

Depoimentos impactantes e graves denúncias de violações de direitos humanos foram apresentados na última sexta-feira (12) durante audiência pública realizada em Curitiba (PR) pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos.

O CNDH esteve na capital paranaense para realizar sua 6ª reunião ordinária e estabelecer diálogos com a sociedade civil, além de promover audiência pública para ouvir as denúncias das graves violações cometidas pela Polícia Militar, sob o comando do Governo do Estado, no dia 29 de abril.

Walkíria Mazeto, da Secretaria Educacional da APP-Sindicato e membro do Comitê 29 de Abril, falou sobre o trabalho que o Comitê vem realizando para encaminhar as denúncias aos órgãos públicos. O Comitê divulgou um documento que denuncia as violações de direitos humanos cometidas.

O professor Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, falou sobre o comportamento autoritário adotado pelo governo do Paraná. E para ele, num Estado autoritário como este o povo na periferia é tratado como os professores foram no dia 29 de abril.

Para o professor Fabiano Stoiev a “provocação” começou no dia 27 de abril, com a retirada dos caminhões de som e o voo rasante de um helicóptero que destruiu o acampamento dos professores mobilizados. Apenas nesta ação o governo do Estado gastou R$14 mil por hora na locação do helicóptero.

O professor Vitor Molina, que foi detido pela polícia, denunciou que seus familiares e os dos demais presos não receberam nenhuma informação sobre para onde eles haviam sendo levados. O relato mostra que houve violação do artigo 5º da Constituição Federal de que “a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada”.

Darci Frigo, conselheiro do CNDH e coordenador da Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil, afirmou que o Conselho tem o papel de exercer vigilância sobre as ações que devem ser desenvolvidas pelas instituições responsáveis pela apuração das violações cometidas.