A empresa suíça Syngenta Seeds, produtora de transgênicos e agrotóxicos, foi judicialmente responsabilizada pelo assassinato do trabalhador rural Valmir Mota de Oliveira (conhecido como Keno) e pela tentativa de assassinato de Isabel do Nascimento de Souza.
Os dois eram integrantes da Via Campesina e foram vítimas do ataque de milícia privada armada em 2007. Na ocasião, os trabalhadores sem-terra ocupavam a estação experimental da empresa, em Santa Tereza do Oeste, Paraná. Os ocupantes denunciavam a prática de experimentos ilegais com transgênicos.
O juiz reconheceu que o fato ocorrido na estação experimental da empresa Syngenta foi um verdadeiro massacre. Em sua decisão, afirma que “chamar o ocorrido de confronto é fechar os olhos para a realidade, pois […] não há duvida de que o ocorrido, em verdade, foi um massacre travestido de reintegração de posse”. Com isso, a versão apresentada pela Syngenta foi rechaçada pelo Poder Judiciário. A empresa alegava que o ataque ocorrido em 2007 seria resultado de um confronto entre milicianos e integrantes da Via Campesina.
Em março de 2008 as Relatorias do Direito Humano à Alimentação Adequada e Terra Rural e Meio Ambiente, da Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil, estiveram no local para investigar as violações cometidas pela empresa. Confira o relatório: goo.gl/M5eMli.
Saiba mais sobre o julgamento na nota publicada pela Terra de Direitos: goo.gl/thMa2S.