Evento acontecerá, em Brasília, em 29 de novembro, na Funarte. Na ocasião, serão lançados Glossário sobre Igualdade de Gênero e documento de posicionamento do Sistema ONU Brasil sobre os direitos humanos das mulheres
Mulheres negras, indígenas, feministas, ativistas do movimento LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) são as protagonistas da Tenda 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que acontecerá, em 29 de novembro, em Brasília. O evento é promovido pelas Nações Unidas, no âmbito da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres” e na Agenda de Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Brasília e pelo Governo do Distrito Federal. O encontro é gratuito e aberto ao público.
Estarão em debate a urgência da eliminação da violência contra as mulheres no Brasil por meio de investimento em políticas públicas e na rede de serviços especializados. Estarão presentes gestoras e gestores públicos e universidades. Essas questões serão abordadas pelas falas de Heliana Hemetério, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais; Mestra Martinha do Coco; Jelena Djordjevic, da ONG Cfêmea (Centro de Estudos Feministas e Assessoria); e da Associação Indígena de Estudantes da Universidade de Brasília.
“A defesa do direito de as mulheres e meninas viverem sem violência será reafirmado por diferentes vozes de ativistas na avaliação dos investimentos para responder com políticas públicas à média de 13 mulheres assassinadas por dia. É preciso aportar recursos em serviços especializados e de prevenção que tenham condição de enfrentar o racismo e o alarmante dado de aumento de 56% no assassinato de mulheres negras entre 2003 e 2013”, considera Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.
O coordenador residente do Sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic destaca a necessidade de visibilizar a violência contra as mulheres e o envolvimento de diferentes setores da sociedade. “Preconceito e discriminação têm custado vidas de mulheres no Brasil e no mundo. Políticas públicas e outras ações concretas no setor privado, nas instituições de ensino, no sistema de justiça, na sociedade civil em geral, na imprensa, na publicidade devem ir além do enfrentamento da violência contra mulheres e meninas. Devem buscar a erradicação dessa forma de violência. O primeiro passo é trazer o problema à luz, enxergá-lo, discuti-lo em público e perseguir incansavelmente o Objetivo 5 da Agenda 2030, que é o alcance da igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas”, afirma Niky Fabiancic.
Documentos de referência – Durante o evento, a ONU Brasil lançará o Glossário dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Documento de Posicionamento das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos das Mulheres no Brasil.
Na Tenda dos 16 Dias, funcionará a feira das mulheres artesãs indígenas, quilombolas e produtoras locais e apresentações culturais com a Mestra Martinha do Coco e a banda Maria Vai Casoutras.
Tenda 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Data: 29 de novembro de 2016 (terça-feira)
Horário: das 16h às 20h
Local: Funarte (Eixo Monumental) – Brasília/DF
