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Com webinário sobre Genocídio Negro e Coronavírus nas prisões, Plataforma Dhesca lança relatório de missão emergencial em Altamira (PA)

No dia 8/4, às 18h, a rede promove webinário com relatores nacionais de direitos humanos, pesquisadores e ativistas e lança relatório de missão emergencial.

Já parou para pensar como a pandemia pode atingir as populações mais vulneráveis? Como ficam as pessoas em privação de liberdade, que, em sua maioria, é negra? A lógica racista e genocida pela qual o Estado brasileiro opera, principalmente, no sistema carcerário, promoverá ainda mais mortes neste contexto de pandemia.
Para discutir tais questões, a Plataforma Dhesca promove o Webinário Genocídio Negro e Coronavírus no Sistema Prisional, no dia 08 de abril, às 18h. Além do debate sobre a necropolítica carcerária em tempos de COVID-19, a rede lança o Relatório sobre Genocídio Negro e Racismo nas Unidades Prisionais e RUC’s de Altamira (PA), resultado da missão emergencial realizada no final de 2019.
O evento contará com a participação de Luiz Fábio Paiva e Udinaldo Francisco, Relatores Nacionais de Direitos Humanos responsáveis pela missão emergencial; Benilda Brito, coordenadora no Odara – Instituto da Mulher Negra; Monique Cruz, pesquisadora da Justiça Global; e Daniela Silva, militante do Movimento Xingu Vivo Para Sempre de Altamira.
  • Confira a íntegra do debate: https://youtu.be/ZBaksYcLMm0.
RELATORIA EMERGENCIAL EM ALTAMIRA (PA)
Em outubro passado, a Plataforma Dhesca realizou a Missão Emergencial sobre Genocídio Negro e Racismo nas Unidades Prisionais e RUC’s em Altamira (PA).
A Relatoria apurou uma série de violações decorrentes da instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Novas dinâmicas urbanas e criminais se desenharam no município com consequências diretas à população: desde a instalação dos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs) – marcados pela extrema precariedade nas condições de vida e existência das famílias desalojadas -, até uma nova configuração da violência no município, definida pela disputa de poder entre grupos faccionados e pelo fenômeno de encarceramento em massa da população negra, que culminaram no Massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT), em julho de 2019.
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