Na última quarta-feira, perdemos Lilo Clareto, um importante defensor de direitos humanos, que, através de suas lentes, descortinou violações no território do Xingu e mostrou ao mundo os desastres decorrentes da instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte. Nascido em Minas Gerais, Maurilo mudou-se para Altamira, no Pará, em 2017, tornando o retrato da luta dos povos da floresta seu ofício.
No mês em que completava 61 anos, Lilo faleceu. Mais do que produto da ação de um vírus, a partida de Lilo foi resultado de um Estado omisso. De um Estado que, diante do agravamento das condições sociais, econômicas e sanitárias no país, tem apresentado como resposta uma completa ausência de política coordenada de enfrentamento à pandemia.
Apesar dos esforços e da mobilização coletiva, Lilo partiu. Mas segue vivo e presente através de suas fotos e reportagens, respirando a esperança de um país melhor e pulsando a luta dos povos da Amazônia.
Nós, da Plataforma Dhesca, deixamos o nosso mais sincero abraço à família e a todas as pessoas que admiram a história desse grande e inestimável defensor.
Vivem mais os que morrem lutando,
Eternizado pelas imagens que captou – Lilo, presente!