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Organizações de direitos humanos fazem missão para ouvir denúncias de camelôs no Rio de Janeiro nesta terça

Os trabalhadores informais do Rio de Janeiro têm tido muitas queixas sobre a atuação da Prefeitura do Rio no cerceamento do seu direito ao trabalho. Por isso, através do Movimento Unido dos Camelôs (Muca), eles vão organizar uma missão que contará com a presença da Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil e do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas nesta terça (9), no Centro da cidade.

“Nós saímos de casa cedo para batalhar o sustento das nossas famílias e ainda somos chamados de bandidos. Foi só passar a Copa que a Prefeitura aumentou a covardia contra os camelôs”, disse Maria dos Camelôs, do Muca. “A Guarda Municipal persegue os que trabalham com protocolo no Centro. O Choque de Ordem invade e destrói os depósitos, rouba mercadorias, barracas e equipamentos de trabalho. Não vamos tolerar mais essa situação”, desabafou.

As entidades oficiaram a Prefeitura do Rio e esperam ser recebidas pelo prefeito Eduardo Paes no dia seguinte à missão, na quarta-feira (10). Após essa reunião, pretende-se fazer um pronunciamento com o balanço da missão.

Os camelôs pedem a revisão do recadastramento feito por Rodrigo Bethlem, ex-secretário municipal de Ordem Pública denunciado por corrupção; a construção e a legalização de depósitos para guardar barracas e mercadorias; a revisão da Lei 1876/92 na Câmara de Vereadores, para garantir o aumento de autorizações e critérios mais justos para o comércio ambulante; e que a Guarda Municipal seja afastada da fiscalização dos camelôs, já que essa não é sua função legal.

Quem são as organizações que vão participar da missão

O Movimento Unido dos Camelôs é uma entidade fundada em 2003 para a defesa dos comerciantes ambulantes. O Muca vem travando sistemática luta contra os abusos de autoridade praticados pela Guarda Municipal e fiscais da Prefeitura, que fazem apreensões e extravios de mercadoria, além de agredir trabalhadores informais.

A Plataforma de Direitos Humanos é uma articulação nacional de 40 movimentos e organizações da sociedade civil que desenvolve ações de promoção, defesa e reparação dos direitos humanos visando o fortalecimento da cidadania e a radicalização da democracia.

O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas reúne representantes de comunidades, movimentos sociais, organizações, entidades e pessoas diversas que contestam a forma como estão sendo geridos os recursos públicos e realizadas as obras visando os Jogos Olímpicos de 2016.

Mais informações:

Renato Cosentino: (21) 98267-2760