Notícias

Tragédia em Mariana: MAB e Arquidiocese apresentam pauta de reivindicação à Dilma

Foto: Roberto Stuckert Filho
Foto: Roberto Stuckert Filho

Na última quinta-feira (12), a integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Alex Sandra Maranho, e o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, encontraram-se com a presidenta Dilma Rousseff em Belo Horizonte, capital mineira. Também estavam presentes o prefeito de Mariana (MG), Duarte Júnior, e o governador do estado, Fernando Pimentel.

Na ocasião, o MAB e Arquidiocese entregaram à presidenta uma pauta de reivindicações das comunidades atingidas pelo rompimento das duas barragens da Samarco. O documento é resultado de diversos debates realizados junto aos atingidos.

Um dos principais pontos do documento é o reconhecimento do coletivo. “Cobramos que a negociação seja feita de forma coletivo e não individual, para que possamos construir uma nova Bento Rodrigues”, destaca trecho do ofício.

Além deste ponto, o plano também pressupõe: aluguel de casa para todos os atingidos até que o reassentamento seja efetivado; pagamento de um salário mensal por pessoa até que sejam restituídas as condições de trabalho; reconstrução de todas as comunidades atingidas; participação plena dos atingidos em todas as etapas do processo de negociação.

De acordo com a militante do MAB, Alex Sandra, a tônica do encontro foi a cobrança dos poderes estaduais e federais a responsabilização da Samarco, empresa da Vale e BHP Billiton, em relação ao desastre em Minas Gerais. “Essa tragédia foi anunciada e a empresa tem que arcar com todos os prejuízos dos atingidos”, afirmou.

Sobrevoou a área atingida

Após a reunião, dois helicópteros sobrevoaram a cidade de Mariana para visualizar os estragos feitos pelo rompimento das barragens de Fundão e Santarém. Em um deles estava Dom Geraldo e representantes do MAB, em outro, a presidente, Dilma Rousseff, o governador, Fernando Pimentel e outros políticos.

A militante do MAB, Alex Sandra Marinho, conta que deu para perceber bem o que as pessoas estavam contado. “Foi muito angustiante ver as imagens, não só pelo desastre, mas por todo o rastro deixado pela mineração na região. Tudo agora é lama. O Rio Doce agora só tem lama e as matas estão todas devastadas”, afirmou.

Confira o plano na íntegra: Plano de Tratamento das Comunidades e família desabrigadas.

Fonte: Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)

>> Leia também: Organizações encaminham denúncia ao CNDH sobre tragédia em Mariana