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A falência do Sistema Prisional Brasileiro

Já se passaram 31 anos do massacre que escancarou para todo o país a situação de um sistema prisional em crise. Infelizmente, o que ocorreu no Complexo do Carandiru naquele 2 de outubro de 1992 não foi um fato único e, muito menos, isolado.

Nos últimos anos, tantos outros episódios de violência foram registrados em presídios superlotados pelo Brasil.

Em 2022, chegamos ao recorde de 832.295* pessoas privadas de liberdade em penitenciárias com celas ocupadas por quase o dobro de pessoas que comportam. Água, alimentação, assistência médica e educação são escassas – ou, muitas vezes, quase inexistente.

E, assim como a maioria das vítimas de três décadas atrás, nossos cárceres continuam sendo ocupados em sua maioria por jovens (43,1% das pessoas presas têm entre 18 e 29 anos) negros (68,2% são pretos e pardos).

Enquanto o Estado segue com as mesmas políticas de aumento do encarceramento e manutenção das condições desumanas no cárcere, as circunstâncias para que outras tragédias como o Massacre do Carandiru ocorram permanecem iguais.

*Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (julho/2023)

#CarandiruNuncaMais #MassacredoCarandiru

#PraCegoVer #PraTodosVerem Descrição do Carrossel: Artes 1 e 2: Uma foto aérea de um presídio brasileiro, em preto e branco, é dividida entre as duas imagens. Sobre ela, os textos: “A falência do sistema prisional brasileiro 31 anos após o Massacre do Carandiru” e “8 outros massacres ocorreram em presídios brasileiros nos últimos 20 anos.”

Artes 3 e 4: A foto de um pátio de presídio lotado, tirada atrás de grades e também em preto e branco, é dividida entre as duas imagens. Sobre ela, os textos: “730% de aumento da população carcerária, nos últimos 31 anos, ultrapassando 830 mil pessoas presas” e “68,2% desse total são pessoas negras”.

Publicação da Página: @_direitodedefesa